O Museu Zer0, o primeiro museu português inteiramente dedicado à arte digital, inaugurou-se em dois momentos, refletindo a sua missão de pensar a arte como processo contínuo e em diálogo com a comunidade e o território. O primeiro momento decorreu no dia 29 de setembro, com uma abertura simbólica para artistas, comunidade e parceiros, seguindo-se a inauguração oficial a 18 de outubro de 2025, aberta ao público.
O investimento ultrapassa os 4 milhões de euros, com comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através dos programas CRESC Algarve 2020, cuja primeira fase teve uma comparticipação de 1.835.917,30 euros e na segunda fase, via ALGARVE 2030, 2.003. 887,03 euros, a que se somou também apoio do Turismo de Portugal
Enraizado em Santa Catarina da Fonte do Bispo, no coração do Barrocal algarvio, o Museu Zer0 ocupa um antigo espaço agrícola, projetado pelo arquiteto Gomes da Costa, preservando silos e estruturas originais, mas transformando-os num laboratório de criação, investigação e fruição cultural. Entre salas imersivas, ateliers e espaços de incubação para startups criativas, o museu integra arte digital, tradição local e inovação, assumindo-se como polo de experimentação e pensamento crítico fora dos grandes centros urbanos.
O nome “Zer0” simboliza um ponto de partida fértil, aberto a todas as possibilidades, refletindo o compromisso do museu com a criação artística, a mediação cultural e a formação de públicos. A programação inaugural combinou performances, exposições em desenvolvimento e residências artísticas, promovendo a participação da comunidade e o diálogo entre artistas e visitantes.
O Museu Zer0 é um exemplo de como o património, a tradição e o território podem dialogar com a tecnologia e o futuro, projetando o Algarve para um mapa internacional da arte digital, enquanto promove impacto social, ambiental e educativo, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e prioridades estratégicas da União Europeia.
Créditos fotográficos: Vico Ughetto/Museu Zer0