No âmbito do acompanhamento e apoio especializado a vítimas de violência doméstica, de violência de género e de tráfico de seres humanos, o Algarve 2030 dedica 700 mil euros de fundos europeus.
Assinalado hoje (25 de novembro), este dia “constitui um marco no combate à violência exercidas contra as mulheres, alertando os decisores políticos bem como toda a sociedade para os vários casos de violência praticada contra mulheres, nomeadamente: casos de abuso ou assédio sexual, maus tratos físicos e psicológicos, e sensibilizando a sociedade para a importância da prevenção e combate de casos de violência doméstica.”
A violência contra as mulheres e as raparigas continua a ser uma das violações dos direitos humanos mais frequentes e generalizadas no mundo. A nível mundial, quase uma em cada três mulheres foi vítima de violência física e/ou sexual pelo menos uma vez na vida (ONU).
Para pelo menos 51 100 mulheres, em 2023, o ciclo de violência de género terminou com um último e brutal ato – o seu homicídio por parceiros e familiares. Isto significa que uma mulher foi morta a cada 10 minutos (ONU).
Em Portugal, no 3º trimestre do ano registaram-se 8415 ocorrências participadas às forças de segurança, contra 7738 registadas no 2º trimestre. (CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género)
Faro encontra-se entre os distritos com mais mulheres vítimas de crimes de violência em 2022 e 2023 com 4.060 vítimas.
Com o maior número de casos a nível nacional encontra-se Lisboa (5.327 casos), seguido de Faro (4.060 vítimas), e Porto com 3.270, segundo as estatísticas da Associação de Apoio à Vítima (APAV),
No âmbito do acompanhamento e apoio especializado a vítimas de violência doméstica, de violência de género e de tráfico de seres humanos, o Algarve 2030 dedica 700 mil euros de fundos europeus.
Este apoio permitirá, nos próximos dois anos, a continuidade destas intervenções na região, contribuindo para dar resposta aos objetivos das políticas públicas constantes da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 “Portugal + Igual” e dos respetivos planos de ação.
A 1 de julho de 2024 foram aprovadas, pelo Programa Regional ALGARVE 2030, quatro candidaturas com atuação em toda a região.
Desta forma, garante intervenções no âmbito do 𝗮𝘁𝗲𝗻𝗱𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼, 𝗮𝗰𝗼𝗺𝗽𝗮𝗻𝗵𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗲 𝗮𝗽𝗼𝗶𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗰𝗶𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗼 a vítimas de violência doméstica e violência de género, com valência de Respostas de 𝗔𝗽𝗼𝗶𝗼 𝗣𝘀𝗶𝗰𝗼𝗹ó𝗴𝗶𝗰𝗼 (𝗥𝗔𝗣) para crianças e jovens vítimas de violência doméstica, Intervenções para proteger, apoiar e capacitar as vítimas de violência doméstica e violência de género, através do funcionamento das 𝗥𝗲𝘀𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗔𝗰𝗼𝗹𝗵𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗘𝗺𝗲𝗿𝗴ê𝗻𝗰𝗶𝗮 (𝗥𝗔𝗘) e Intervenções multidisciplinares visando o acolhimento seguro, a estabilização emocional e a futura (re)integração social de mulheres e homens, e filhos menores, vítimas de tráfico de seres humanos.
+ info: Algarve 2030 aprova 700 mil euros para redes de apoio à vítima | Algarve
Este ano, o dia 25 de novembro marca o lançamento da campanha promovida pela ONU Mulheres, “There is #NoExcuse for violence against women and girls” (Não há Desculpa para a Violência Contra as Mulheres e as Raparigas), uma iniciativa de 16 dias de ação que termina no dia em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro). Pretende acabar com a Violência contra as Mulheres e chamar a atenção para a preocupante escalada da violência contra as mulheres que muitas das vezes termina no seu assassinato.
A APAV está disponível para ajudar através dos seus diferentes serviços, nomeadamente da Linha de Apoio à Vítima 116 006 – dias úteis, das 08h00 às 23h00 – chamada gratuita e confidencial.”
Pode consultar as estatísticas em apav.pt.